CAE montou grupos de trabalho para analisar sistema tributário e Custo Brasil — Rádio Senado
Balanço

CAE montou grupos de trabalho para analisar sistema tributário e Custo Brasil

28/06/2017, 16h38 - ATUALIZADO EM 28/06/2017, 18h03
Duração de áudio: 02:11
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública para debater o "Custo Brasil" e oferecer soluções para gerar mais empregos e renda. Entre os convidados, representantes da indústria, do comércio e serviços, das instituições financeiras e do Banco Central. 

Mesa: 
chefe do Departamento Econômico do Banco Central do Brasil, Túlio José Lenti Maciel; 
superintendente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Éverton Correia; 
gerente executivo de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Pinheiro de Castelo Branco; 
presidente da CAE, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE); 
presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal; 
professor do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), Christiano Arrigoni Coelho

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Waldemir Barreto / Agência Senado

Transcrição
LOC: A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS MONTOU DOIS GRUPOS DE TRABALHO PARA ESTE ANO. LOC: UM DELES VAI ANALISAR O SISTEMA TRIBUTÁRIO E O OUTRO DISCUTE O CHAMADO CUSTO BRASIL. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. TÉC: A ideia é debater com ministros e autoridades da área econômica, empresários e estudiosos, os problemas que o País apresenta nessas áreas. E, a partir do diagnóstico, encontrar soluções, como explicou o coordenador do grupo de trabalho que vai analisar o sistema tributário, senador Ricardo Ferraço, do PSDB do Espírito Santo. (FERRAÇO): Não se trata aqui de uma proposta de uma reforma tributária. Nós estamos, de maneira preliminar, fazendo um mergulho aprofundado e preciso acerca de todos os gargalos que esse sistema impõe à economia brasileira. (REP): Na primeira audiência pública promovida pelo Grupo de Trabalho do Custo Brasil, pesquisadores pediram desburocratização, melhoria do ambiente de negócios, simplificação do sistema tributário, investimento em capital humano e aumento da competição entre bancos. O professor Marcos Lisboa, diretor-presidente do Insper, que é um instituto de ensino e pesquisa sem fins lucrativos, exemplificou: (MARCOS): O nosso problema no Brasil não é que nós fazemos as coisas erradas, é que nós fazemos tudo mal feito. Nós somos ineficientes na grande maioria dos setores. Com raríssimas e honrosas exceções, nós somos pouco produtivos. Nós somos ruins de restaurantes, nós somos ruins de hotéis, nós somos ruins de serviços de taxi. Os nossos serviços de alta qualidade do Brasil têm a produtividade dos serviços de baixa qualidade dos países desenvolvidos. (REP): O senador Armando Monteiro, do PTB de Pernambuco, coordenador do grupo de trabalho, ressaltou que as altas taxas de juros cobradas pelos bancos são um obstáculo claro para aumentar a produtividade das empresas brasileiras. (ARMANDO’): É uma imensa desvantagem que o Brasil tem na medida em que convivemos com essa situação de taxas e taxas e margens de intermediação financeira que não encontram paralelo no mundo. (REP): Por se tratar de grupos de trabalho, e não de subcomissões, qualquer senador pode participar das reuniões. E há uma flexibilidade maior em relação às datas, horários e locais para os debates. As conclusões serão encaminhadas à Presidência da República, a governadores e Tribunais de Contas, entre outros órgãos. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço

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