Brasil mantém exportação de carnes para mais de cem países, dizem representantes do governo — Rádio Senado
Audiência pública

Brasil mantém exportação de carnes para mais de cem países, dizem representantes do governo

29/03/2017, 17h16 - ATUALIZADO EM 29/03/2017, 17h40
Duração de áudio: 02:24
Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza audiência pública interativa para debater impactos à economia brasileira decorrentes da operação “carne fraca”. Participam da reunião representantes das empresas exportadoras de carnes, do Ministério da Indústria e Comércio Exterior e da Contag.

Em pronunciamento, diretor de Estatística e Apoio à Exportação da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Alves Brandão.

Mesa:
diretor de Estatística e Apoio à Exportação da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC, Herlon Alves Brandão;
coordenador- geral da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Fagundes Salomão;
vice-presidente da CAE,senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN); 
secretário do Meio Ambiente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura , Andoninho Rovaris.  

Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Waldemir Barreto/Agência Senado

Transcrição
LOC: APESAR DAS DENÚNCIAS DA OPERAÇÃO CARNE FRACA SOBRE FRIGORÍFICOS NO SUL DO PAÍS, O BRASIL MANTEVE EXPORTAÇÕES PARA 108 PAÍSES COM UMA QUEDA DE 19% DE VENDAS PARA O EXTERIOR. LOC: OS DADOS FORAM APRESENTADOS NESTA QUARTA-FEIRA EM AUDIÊNCIA PÚBLICA DA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS. REPÓRTER PAULA GROBA. (Repórter) De acordo com representantes do governo brasileiro, apesar da queda de 19% nas exportações na terceira semana do mês de março, - quando foi deflagrada a Operação Lava Jato - o Brasil ainda conseguiu manter a venda de carnes para 108 países. O Brasil produz anualmente 25 milhões de toneladas de carnes bovinas, suínas e de aves, sendo que 21% das carnes bovinas são destinadas ao exterior. Segundo o coordenador-geral da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, João Fagundes Salomão, ainda é prematuro concluir sobre os impactos que a Operação Carne Fraca provocou no mercado brasileiro. Mas, o que se pode observar até o momento, é que a diminuição não foi significativa a ponto de prejudicar o mercado, graças a ações imediatas do governo brasileiro. (João Fagundes Salomão) Então ainda estão preservados os principais mercados. Houve um primeiro impacto, logo após o anúncio da operação, mas com atitudes firmes do governo, assertivas do Ministério da Agricultura foi possível retomar as negociações. (Repórter) Para Antoninho Rovaris, secretário de Meio Ambiente da Confederação Nacional dos trabalhadores na Agricultura, algumas questões ainda devem ser solucionadas, como o fim da indicação política para cargos-chave de fiscalização, como no Ministério da Agricultura. (Antoninho Rovaris) As pessoas que não estão dentro ou não deveriam estar dentro desse processo estão fazendo a intervenção erroneamente e deturpando todo o processo que ao longo de muitos anos vem sendo construído. (Repórter) A senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, que solicitou a audiência pública NA Comissão de Assuntos Econômicos, comemorou que os impactos não tenham prejudicado de forma significativa o país e destacou o trabalho de fiscalização e do poder público. (Vanessa Grazziotin) Eu fico feliz, de ver vossa senhoria, doutor João em dizer que até agora pelo menos ainda não foram identificados grandes prejuízos para o setor. Eu acho que a gente tem conseguido isso não só pela ação imediata do poder publico, dos órgãos, mas também das próprias entidades fiscalizadoras. (Repórter) Durante o debate também foram levantadas questões sobre a possibilidade de a fiscalização sanitária ser executada por entidades privadas. NO SENADO, UM PROJETO DO SENADOR DÁRIO BERGER, DO PMDB DE SANTA CATARINA, ESTABELECE QUE A FISCALIZAÇÃO SANITÁRIA DEVE SER FEITA PELA AUDITORIA, EXERCIDA PELO PODER PÚBLICO, E PELA INSPEÇÃO, QUE PODERIA SER EXECUTADA POR UMA ENTIDADE PRIVADA.

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