Anvisa aprova primeiro registro de medicamento à base de maconha no Brasil — Rádio Senado
Saúde

Anvisa aprova primeiro registro de medicamento à base de maconha no Brasil

17/01/2017, 12h10 - ATUALIZADO EM 17/01/2017, 12h10
Duração de áudio: 01:58
portal.anvisa.gov.br

Transcrição
LOC: A AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA APROVOU O PRIMEIRO REGISTRO DE UM MEDICAMENTO À BASE DE MACONHA NO BRASIL. O REMÉDIO É INDICADO PARA O TRATAMENTO DE PACIENTES COM ESCLEROSE MÚLTIPLA. LOC: O USO DA SUBSTÂNCIA PARA USO MEDICINAL ESTÁ EM DEBATE NO SENADO FEDERAL. REPÓRTER GEORGE CARDIM. Téc: A Anvisa registrou o primeiro medicamento no país à base da Cannabis sativa, a maconha, para o tratamento de espasmos em pacientes com esclerose múltipla. O remédio contém THC e canabidiol, duas substâncias da maconha, e já é aprovado em 28 países como Estados Unidos, Canadá e Alemanha. Em 2015, a Anvisa liberou a droga para uso terapêutico. A senadora Lúcia Vânia, do PSB de Goiás, elogiou a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária e lembrou que cabe aos médicos a prescrição do medicamento mais adequado. (L.VÂNIA) “Não só a epilepsia, mas tem outros casos que os estudos mostram os efeitos altamente positivos, que poderiam ser utilizados, desde que houvesse uma rigorosa fiscalização. Com essa possibilidade de liberar a maconha para uso médico, é cruel uma mãe ver o filho rolar no chão em convulsão se o mundo inteiro está usando”. (REP) O uso medicinal da maconha está em discussão no Senado. O senador Cristovam Buarque, do PPS do Distrito Federal, relatou uma sugestão popular – assinada por 20 mil pessoas, e após uma série de audiências públicas defendeu a urgente regulamentação do uso terapêutico da droga. Cristovam preferiu não incluir na mesma proposta o uso recreativo da maconha. (Cristovam): “Com o debate feito até aqui, eu já tenho argumentos suficientes para ver que é preciso, sim, aproveitar o poder medicinal que essa erva tem. Não dá para deixar tanta gente sofrendo por causa de um preconceito sobre o uso de uma droga. (REP): A proposta está em análise na Comissão de Direitos Humanos do Senado. Sugestão 08/2014

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