Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia critica mudanças no programa Ciência Sem Fronteiras — Rádio Senado
Educação

Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia critica mudanças no programa Ciência Sem Fronteiras

26/07/2016, 20h23 - ATUALIZADO EM 26/07/2016, 20h26
Duração de áudio: 02:08
Antonio Cruz/Agência Brasil

Transcrição
LOC: ALUNOS DE GRADUAÇÃO NÃO PODERÃO MAIS PARTICIPAR DO PROGRAMA CIÊNCIA SEM FRONTEIRAS. LOC: A CONTINUIDADE DAS BOLSAS PARA ENSINO SUPERIOR FOI UMA DAS DEZESSETE RECOMENDAÇÕES DA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SENADO. PRESIDENTE DO COLEGIADO VAI APRESENTAR MANIFESTAÇÃO DE REPÚDIO CONTRA CORTE. REPÓRTER MARCELLA CUNHA. TEC: O Programa Ciência sem Fronteiras, interrompido no ano passado, será retomado com foco no Ensino Médio e aulas de idiomas no exterior e no Brasil. Assim, alunos de graduação não vão receber mais auxílio. Em nota, o Ministério da Educação afirmou que considera elevado o custo das bolsas. Em 2015, para atender a 35 mil estudantes no exterior foram gastos três vírgula dois bilhões de reais. Segundo o ministério, o mesmo valor poderia bancar a alimentação escolar de 39 milhões de alunos. A continuidade de bolsas para a graduação no programa foi uma das 17 recomendações da Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, em dezembro do ano passado, como explica o presidente, senador Lasier Martins, do PDT do Rio Grande do Sul. (Lasier) “É lamentável a decisão porque essa foi a política pública escolhida pela nossa comissão no ano passado. Foi muito discutida, foi votada unanimemente. É uma falácia esse negócio de valorizar a educação. Estamos cada vez mais perdendo cérebros, gente indo embora, e aí há esse corte.” (REP) O relatório da Comissão de Ciência e Tecnologia embasou a apresentação de um projeto de lei que disciplina o programa, que agora está em análise na Comissão de Educação. Lasier afirmou que irá protestar contra a exclusão. (Lasier) “Vamos na primeira reunião da nossa comissão, que deve ser terça-feira que vem, nós vamos examinar isso. E eu vou propor à comissão, como presidente, uma manifestação de repúdio, de protesto, por essa decisão do Governo.” (REP) Além dos gastos, o MEC alega que a integração entre universidades brasileiras e as instituições do exterior deixava a desejar, já que muitas disciplinas cursadas lá fora não estavam sendo aproveitadas no Brasil. As bolsas de pós-graduação para alunos, professores e pesquisadores vão ser mantidas, além de compromissos já assumidos com alunos de graduação, até o início de 2017. Da Rádio Senado, Marcella Cunha. PLS 798/2015

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