51% dos estudantes latino-americanos sofrem bullying, aponta relatório global da Unesco — Rádio Senado
Educação

51% dos estudantes latino-americanos sofrem bullying, aponta relatório global da Unesco

Um relatório global da Unesco mostra que 51% dos estudantes latino-americanos com idades entre 11 e 14 anos sofrem bullying no ambiente escolar. Uma das recomendações para enfrentar o problema é a aprovação de leis específicas sobre o assunto. No Brasil, o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying) está prestes a completar um ano de sua entrada em vigor.

24/01/2017, 13h23 - ATUALIZADO EM 24/01/2017, 13h54
Duração de áudio: 02:33
Foto: Adriana Corrêa/Agência Senado

Transcrição
LOC: UM RELATÓRIO GLOBAL DA UNESCO MOSTRA QUE 51% DOS ESTUDANTES LATINO-AMERICANOS COM IDADES ENTRE 11 E 14 ANOS SOFREM BULLYING NO AMBIENTE ESCOLAR. LOC: UMA DAS RECOMENDAÇÕES PARA ENFRENTAR O PROBLEMA É A APROVAÇÃO DE LEIS ESPECÍFICAS SOBRE O ASSUNTO. NO BRASIL, A LEI DE COMBATE AO BULLYING ESTÁ PRESTES A COMPLETAR UM ANO DE SUA ENTRADA EM VIGOR. A REPORTAGEM É DE MARCELA DINIZ: TÉC: O Relatório Global da Unesco inclui uma pesquisa de 2006 que mostra que 51% dos estudantes latino-americanos e caribenhos com idades entre 11 e 14 anos já sofreram bullying na escola. Outro estudo que consta no documento foi feito em 2016 com 100 mil jovens vítimas de bullying e apontou a aparência física, a questão de gênero e de orientação sexual; e a origem étnica ou nacionalidade como principais alvos dos intimidadores. Uma das recomendações das Nações Unidas é a aprovação de leis e a adoção de políticas para o enfrentamento do problema. O Brasil é um dos países que já possuem legislação específica: a Lei 13.185, de 2015, que instituiu o Programa de Combate à Intimidação Sistemática. Sancionada no final de 2015, a lei entrou em vigor em fevereiro de 2016 e considera a existência de diversas formas de bullying, como explica o juiz federal Márcio André Lopes Cavalcante: (Márcio Lopes) Existe o bullying verbal, que é insultar, xingar, apelidar. O bullying moral, que é você difamar, caluniar outras pessoas; o bullying sexual, também, que é você induzir ou abusar da vítima; o social, que é você excluir aquela pessoa daquela comunidade em que ela vive; psicológico, físico, material; e também o ciberbullying, o bullying pela internet, pelas redes sociais. (REP) O Brasil também possui uma data dedicada ao combate ao bullying: 7 de abril. Nesse dia, em 2011, Wellington Menezes de Oliveira entrou em sua antiga escola, no bairro do Realengo, no Rio de Janeiro, e matou 12 alunos, ferindo outros doze. O criminoso disse que agiu por vingança, por ter sido vítima de bullying quando estudou naquela escola. Para a relatora do projeto que instituiu o Dia Nacional de Combate ao Bullying, senadora Vanessa Grazziotin, do PCdoB do Amazonas, o episódio não pode ser esquecido: (Vanessa) No Brasil nós tivemos esse caso emblemático. Eu comparo ao Dia de Combate à Discriminação Racial, o Dia Internacional das Mulheres. São datas que servem para o diálogo, para a reflexão sobre determinado problema. (REP) Em 2016, a Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou projeto que prevê a oferta de atendimento psicológico em todo o Ensino Básico. Um dos focos do acompanhamento seria o combate ao bullying. A proposta seguiu para a Comissão de Educação. Da Rádio Senado, Marcela Diniz. Lei 13.185/2015 (Programa de Combate à Intimidação Sistemática) Lei 13.277/2016 (Dia Nacional de Combate ao Bullying) PLC 76/2011 (Atendimento psicológico nas escolas)

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