Países com banco central mais autônomo têm menor inflação, diz presidente do BC

Anderson Vieira | 19/11/2019, 11h28

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, disse aos senadores nesta terça-feira (19) que a inflação é menor nos países que têm bancos centrais mais independentes. O economista voltou a defender a autonomia da instituição brasileira e lembrou o caso da Argentina, onde houve a percepção de que a autoridade monetária havia perdido a liberdade de ação, o que resultou na imediata escalada de preços.

— A credibilidade foi a zero e a inflação subiu — afirmou Campos Neto em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Enquanto o presidente do BC fala aos senadores da CAE, está para ser incluído na pauta do Plenário o Projeto de Lei Complementar 19/2019, do senador Plínio Valério (PSDB-AM), que garante a independência da instituição. A proposta fixa em quatro anos o mandato para os dirigentes do banco, com a possibilidade de uma recondução. O texto foi ao Plenário com requerimento de urgência, depois de aprovado pela CAE.

A audiência pública atende ao Regimento Interno do Senado, que determina a realização de encontros regulares com o presidente do BC.

O Banco Central é uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia. Suas tarefas são formular a política monetária, servir de depositário das reservas internacionais do país e manter a inflação dentro da meta, assegurando a estabilidade e o poder de compra da moeda. A instituição também gerencia a emissão do meio circulante, ou seja, garante à população o fornecimento adequado de dinheiro em espécie.

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Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)