Marta Suplicy lamenta retrocesso nas questões de gênero no país

Da Redação e Da Rádio Senado | 20/09/2017, 19h52

A senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) atribuiu o “retrocesso” do país na aceitação das questões de gênero a uma “onda conservadora” que mente e distorce fatos científicos. Para a senadora, a queda da proibição à terapia de reversão sexual é um recuo no que diz respeito a direitos adquiridos há 27 anos, quando a Organização Mundial da Saúde deixou de considerar o homossexualismo uma doença. A senadora alertou que o maior problema dos homossexuais é a angústia e o desespero diante da sociedade que não os aceita.

Marta Suplicy também chamou atenção para o encerramento da exposição Queermuseu, promovida pelo banco Santander, lamentando que todas as partes tenham errado na polêmica. Ela ressalvou que a exposição deveria ter uma advertência mais clara sobre o conteúdo de obras inadequadas para crianças, mas o patrocinador também errou quando cedeu a protestos nas redes sociais. Para a senadora, os protestos constituem uma forma de censura porque propiciaram ameaças ao Santander.

A senadora ainda criticou a “desinformação” que levou vários municípios a proibir o ensino de questões de gênero nas escolas, lembrando que, nos últimos vinte anos, a educação sexual levou à diminuição dos índices de gravidez na adolescência.

- Nós temos que usar experiências que já tivemos; experiências exitosas de respeito ao outro. Ninguém ensina ninguém a ser o que não é. Agora, nós podemos, sim, ensinar, preservar e garantir os direitos humanos, o respeito, a abertura, a pluralidade - afirmou a senadora.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)