Floresta preservada é ativo econômico, diz presidente da Comissão de Mudanças Climáticas

Da Redação | 19/07/2017, 17h57

O presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas (CMMC), senador Jorge Viana (PT-AC), apontou como grandes desafios do país o combate ao desmatamento e a garantia de recursos para preservação ambiental.

Em entrevista à Rádio Senado, Jorge Viana defendeu a criação de políticas que apliquem ciência e tecnologia para o uso dos recursos florestais e da riqueza da biodiversidade brasileira como um ativo econômico.

— Nós precisamos imediatamente ter um empoderamento das comunidades extrativistas, das populações indígenas. A floresta tem que ser vista como um ativo econômico importante. Nós temos que ter uma nova economia que faça o manejo sustentável da floresta e o uso múltiplo dela — disse.

Só entre 2015 e 2016, foram cerca de 8 mil quilômetros quadrados de floresta derrubada, um aumento de 30% em relação ao período anterior. O senador mostrou preocupação com a ameaça de redução das áreas protegidas na Amazônia e com os cortes do orçamento para a preservação do meio ambiente.

É neste cenário que o Brasil participará como protagonista da Conferência Internacional do Clima em Bonn, na Alemanha, a COP 23, entre 6 e 19 de novembro deste ano.

— O desafio segue, o Brasil está hoje vivendo o que a gente chama de retrocesso ambiental e isso é muito ruim. Isso diminui o prestígio do Brasil, que pode chegar na COP23, na Alemanha este ano, tendo que se explicar — lamentou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)