Regina Sousa critica reforma trabalhista e repudia condenação de Lula

Da Redação e Da Rádio Senado | 12/07/2017, 19h51

A senadora Regina Sousa (PT-PI) questionou nesta quarta-feira (12) a capacidade de o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar formar um juízo sobre o protesto contra a reforma trabalhista, ocorrido durante a sessão plenária no dia anterior. Regina Sousa, que tomou parte do protesto, no qual senadoras de oposição ocuparam a Mesa do Plenário e atrasaram a votação, foi alvo de uma denúncia acolhida pelo presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto (PMDB-MA).

Ela lembrou que o mesmo Conselho de Ética arquivou o processo de cassação do mandato do senador Aécio Neves (PSDB-MG), acusado no âmbito da Operação Lava Jato.

— Alguém falou aqui em golpe [em razão do protesto]. Golpe foi o que foi dado aqui contra uma presidente eleita [Dilma]. Isso, sim, foi golpe. Um golpe articulado minimamente, 14 meses preparando para dar um golpe, e botaram lá uma pessoa que se revelou o que se revelou.

A senadora reiterou sua crítica à reforma trabalhista (PLC 38/2017), que, segundo ela, “abre todas as possibilidades” para os contratos de trabalho e dá vazão à mentalidade “escravista” de parte dos empresários. Regina Sousa prevê que os trabalhadores passarão a ser pessoas jurídicas e perderão os direitos da legislação.

Regina Sousa também criticou a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ela afirmou que a sentença é uma manobra do juiz federal Sergio Moro para tirar Lula da cena política, pois seus adversários não têm candidatos presidenciais para apresentar à sociedade. A senadora disse que, no dia em que o ex-presidente for preso, Moro cumprirá seu objetivo e poderá dar a Operação Lava Jato por encerrada.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)