José Medeiros cobra duplicação de estradas em Mato Grosso

Da Redação e Da Rádio Senado | 09/05/2017, 18h08

O senador José Medeiros (PSD-MT) lamentou as dificuldades enfrentadas para o escoamento da produção de seu estado. Ele lembrou que Mato grosso tem cidades que ficam a 1.400 quilômetros da capital, Cuiabá, e que, devido às más condições das estradas, os produtos chegam a custar o dobro do preço dos concorrentes.

Medeiros disse que Mato Grosso depende das BRs 163 e 364, que se sobrepõem em parte do trajeto. Ele lembrou que a ex-presidente Dilma Rousseff concedeu para a iniciativa privada a duplicação das estradas, com a promessa de participação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Porém, a contrapartida do órgão não ocorreu e agora os motoristas pagam pedágio, mas a duplicação não foi concluída.

O senador também criticou a postura do BNDES que, segundo explicou, deveria emprestar dinheiro para a conclusão da obra, mas reteve os recursos. Apesar de assumir a defesa do presidente Michel Temer em Plenário, o senador afirmou que, se não houver uma mudança de postura do Executivo em relação ao seu estado, ele passará a defender somente o Mato Grosso.

- Se não houver um cronograma ainda esta semana, não contem comigo aqui. Não vou ficar batendo no governo nem nada, mas não contem comigo aqui para fazer essa defesa porque eu estou aqui acima de tudo pra representar 0 Mato Grosso - afirmou o senador.

Lula

José Medeiros pediu calma para que Curitiba não vire uma praça de guerra nesta quarta-feira (10), em razão do depoimento do ex-presidente Lula ao juiz Sérgio Moro. Ele salientou que o depoimento é só mais um entre centenas.

Para o senador, a estratégia do PT é retirar a discussão da área jurídica e trazer para a política. Ele disse que o ex-presidente se construiu pelo seu discurso e se desconstruiu pelo fato de ter uma prática totalmente diferente daquilo que dizia. O parlamentar afirmou ainda que o mundo está dando recados contra o populismo.

- Aqui e no restante do mundo o populismo não é uma coisa que dá certo. Primeiro, o populismo sempre tem uma guinada e até uma queda para o totalitarismo. É aquela coisa de, de repente, tudo pelo Estado e aí precisa de uma personalidade forte, de um reizinho, de alguém para tomar conta do Estado, tutelar a todos e se tornar dono de todo mundo - alertou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)