Roberto Requião questiona pontos da reforma trabalhista que chega ao Senado

Da Redação e Da Rádio Senado | 02/05/2017, 16h49

O senador Roberto Requião (PMDB-PR), considera que a reforma trabalhista, que chega agora ao Senado, enfraquece os sindicatos ao estabelecer que o negociado entre patrão e empregado valerá mais do que as leis.

Em pronunciamento nesta terça-feira (2), Requião fez uma série de alertas sobre os prejuízos que os empregados poderão sofrer se a proposta for aprovada no Senado, conforme veio da Câmara dos Deputados.

Um dos pontos salientados por Requião é que as demissões em massa não precisarão mais da concordância dos sindicatos. Poderão ser feitas diretamente pela empresa da mesma forma que se procederia na dispensa individual. Além disso, quem aderir a planos de demissão voluntária não poderá reclamar direitos depois.

Ele também frisou que o trabalhador que perder uma ação na Justiça Trabalhista vai ter que pagar honorários que variam de 5% a 15% do valor do processo. Isso poderá valer até mesmo para os beneficiários da justiça gratuita.

— É o nosso desafio. A nossa obrigação como parlamentares. Evitar o retrocesso e recolocar o país no rumo de um novo pacto social com uma legislação trabalhista e previdenciária avançadas e não com essas falácias que estão nos impondo, descaradamente, por esse governo — salientou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)