Para Lindbergh, 'recuo' do governo na reforma da Previdência não é suficiente

Da Redação | 25/04/2017, 21h02

Em pronunciamento, nesta terça-feira (25), Lindbergh Farias (PT-RJ) fez críticas ao texto substitutivo da Câmara dos Deputados à proposta de reforma da Previdência. Para ele, o “recuo” do governo é insuficiente para melhorar a situação do trabalhador que depende do benefício da aposentadoria. O senador destacou como exemplo a manutenção da exigência de 25 anos de contribuição pra a aposentadoria.

– Se essa regra estivesse em vigor em 2015, 79% dos trabalhadores não teriam condição de se aposentar. Essa regra promoverá exclusão previdenciária. Não é fácil. A gente sabe como é o mercado de trabalho, as pessoas permanecem muito tempo na informalidade – disse.

Lindbergh também considerou pequena a redução de 49 para 40 anos do tempo mínimo de contribuição para a aposentadoria integral. Ele também criticou a inclusão do Benefício de Prestação Continuada (BCP) na reforma da Previdência, lembrando que este é pago aos mais pobres e necessitados, como os deficientes físicos e os idodos com renda familiar até um quarto do salário mínimo.

Na opinião do senador, as concessões feitas para mulheres, trabalhadores rurais, e professores foram pouco efetivas e continuam a prejudicar essas categorias. Segundo ele, o substitutivo deixa  claro o propósito de privatização da previdência  complementar do servidor.

– Qual a medida para o andar de cima, para os ricos, para os banqueiros? Nenhuma. É tudo em cima do trabalhador – afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)