Lindbergh diz que reforma da Previdência 'é perversa' com os trabalhadores

Da Redação e Da Rádio Senado | 29/03/2017, 16h01

O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) comemorou o crescimento das mobilizações contra a proposta do governo para mudar as regras previdenciárias. Para ele, a reforma vai prejudicar os mais pobres, enquanto a parcela mais rica da sociedade terá seus privilégios preservados, aumentando as desigualdades sociais.

Na avaliação de Lindbergh, as mudanças serão "especialmente perversas" com o trabalhador rural, que será obrigado a contribuir até os 65 anos, mesmo trabalhando em condições adversas, típicas de quem vive no campo.

- Não tem nenhuma medida para os bancos, para os multimilionários do país, para os altos salários do Ministério Público, do Judiciário, do Legislativo, não tem taxação de grandes fortunas. É só em cima do pobre, que ganha aposentadoria de salário mínimo.  Estão mexendo com aqueles que recebem benefício de prestação continuada - protestou o senador.

Terceirização

Lindbergh elogiou os nove senadores do PMDB que, em carta, pediram que o presidente da República, Michel Temer, não sancione o projeto de terceirização de mão de obra aprovado pela Câmara dos Deputados.

O senador Lindbergh Farias citou estudo que mostram que os terceirizados trabalham três horas semanais a mais que os contratados diretamente pelas empresas e, mesmo assim, recebem salários 24% menores.

Com a terceirização irrestrita, essa situação pode piorar, disse o senador, que também criticou a adoção da responsabilidade subsidiária, em vez da solidária, de quem contratou mão de obra terceirizada.

- Isso significa o que? O trabalhador somente poderá acionar a empresa tomadora de serviços após executar a empresa terceirizada. Isso aqui é um absurdo - afirmou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)