Garibaldi diz que o país precisa tratar da reforma da Previdência 'sem radicalismos'

Da Redação e Da Rádio Senado | 28/03/2017, 18h24

O senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN) defendeu nesta terça-feira (28) em Plenário uma reforma abrangente da Previdência Social, mas que não tire direitos dos trabalhadores. O senador, que foi ministro da Previdência, afirmou que o envelhecimento da população obrigará o país a enfrentar o problema da seguridade, pois a proporção de trabalhadores em atividade está abaixo da ideal para o número de inativos.

— Para [cada] um trabalhador na inatividade é preciso haver quatro trabalhadores na atividade. Essa é a relação ideal, mas, no Brasil, nós estamos hoje diante de uma relação em que são apenas — nem acho que sejam dois mais — dois trabalhadores da ativa contribuindo para a aposentadoria de um servidor na inatividade. Com o envelhecimento da população, o que vai se dar?

Garibaldi cobrou um debate sereno e sem radicalismos sobre o déficit da Previdência, antes que o Brasil seja obrigado a cortar benefícios como fizeram Portugal e Grécia. O senador também manifestou preocupação com o desemprego, que reduz a base de contribuição para o INSS e agrava a situação das contas públicas.

— Nós temos que atuar no sentido de fazer com que o trabalhador possa restaurar a sua situação empregatícia e ao mesmo tempo pagar a Previdência Social, sob pena desta situação ir se agravando — declarou.

 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)