Vanessa Grazziotin diz que denúncias são gravíssimas e Temer tem que renunciar

A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) disse que são gravíssimas as declarações do ex-ministro da Cultura Marcelo Calero de que foi pressionado pelo ex-ministro-chefe da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e pelo próprio presidente Michel Temer para mudar uma decisão técnica correta do Iphan a fim de favorecer interesses particulares de Geddel.

A senadora afirmou que as evidências de tentativa de tráfico de influência mostra que o presidente Michel Temer não tem mais condições de estar à frente do governo e muito menos de superar as crises política e econômica.

— E o presidente Michel Temer, se tivesse um pouquinho mais, não digo de hombridade, mas de responsabilidade com o seu país, com a sua gente, ele chamava, sim, uma entrevista coletiva, mais: cadeia de rádio e de televisão, mas sabe para quê? Para renunciar a um mandato que não lhe pertence. Aliás, ele nunca foi eleito para ser presidente da República, nunca — afirmou a senadora, observando que Temer deveria ter rechaçado o pedido de seu amigo e então ministro, em vez de mobilizar o governo para atendê-lo.

Em apartes, os senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Lindbergh Farias (PT-RJ) apoiaram o discurso de Grazziotin e acusaram Temer de prevaricar e cometer o crime de advocacia administrativa, por agir em benefício de interesse particular do ex-ministro Geddel. O senador José Medeiros (PSD-TO) defendeu Temer e criticou o governo da ex-presidente Dilma Rousseff.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)