Lídice da Mata critica autoconvocação do Congresso para votar reforma da Previdência

Da Redação e Da Rádio Senado | 28/11/2016, 20h56

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) criticou nesta segunda-feira (28) o anúncio feito pelo presidente do Senado, Renan Calheiros, de que haverá autoconvocação do Legislativo a partir de 10 de janeiro.

A senadora se disse surpresa e considerou estranho que a decisão de estender os trabalhos durante o recesso tenha sido tomada sem que os senadores e deputados fossem ouvidos. E para analisar uma proposta que ainda nem chegou ao Parlamento. No caso, a reforma da Previdência.

— O que é isso? O Congresso, diferente de firmar suas posições de independência colaborativa com o Poder Executivo, agora já se submete totalmente a uma agenda determinada pelo Poder Executivo.

Lídice também criticou a pressa do governo Temer em votar propostas que não têm apoio popular. Para ela, Temer não tem legitimidade para impor sua pauta à sociedade.

COP 22

A senadora destacou ainda a posição do Brasil na COP 22 — a Conferência das Partes da Convenção da ONU sobre Mudança do Clima, que aconteceu em Marrakech, no Marrocos. Ressaltou que o país manteve o compromisso de reduzir em 37% a emissão dos gases de efeito estufa até 2025.

Lídice da Mata, que integrou a delegação brasileira, lembrou que o Brasil também defendeu o apoio financeiro dos países mais ricos às nações em desenvolvimento como estímulo a medidas em defesa ao meio ambiente.

Fidel Castro

Lídice da Mata também prestou homenagem ao líder cubano Fidel Castro, que morreu na última sexta-feira (25), aos 90 anos.

É claro que há muito a ser mudado naquela grande sociedade cubana, mas os cubanos conquistaram o direito de conduzir o seu caminho. Quero lembrar aos que atacam Fidel, que não atacam Fulgencio Batista, que era o ditador anterior à Revolução Cubana, que a ilha de Fulgencio Batista era simplesmente considerada o prostíbulo internacional da máfia dos Estados Unidos, da máfia norte-americana. Cuba pós-revolução foi o país que mais investiu em educação no mundo; nem os países nórdicos investiram tanto em educação, como Cuba — afirmou a senadora, para quem o povo de Cuba reconquistou sua autoestima e autodeterminação com a revolução, em 1959.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)