'É hora de voltar à normalidade e recuperar a economia', diz líder do governo no Congresso

Da Redação | 31/08/2016, 19h57

No primeiro pronunciamento da líder do governo no Congresso, senadora Rose de Freitas (PMDB-ES), após a solenidade oficial de posse do presidente Michel Temer, a mensagem foi de volta à normalidade e de esforço na aprovação da pauta afirmativa para a superação da crise econômica.

Em entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira (31), a senadora destacou a necessidade de votar com urgência a pauta prioritária que já está tramitando em várias comissões do Congresso. São cerca de 30 medidas provisórias, entre as quais Rose ressaltou a que trata da dívida dos estados e a da reforma da previdência, ambas fazem parte da base de ajuste econômica que o governo quer fazer.

— Só tem uma maneira do país se tranquilizar: primeiro, foi essa pauta de hoje, doída, do impeachment, mas é uma página virada. A segunda é o país ter confiança de que o governo votará, doa em quem doer, as medidas necessárias para ajustar a economia do Brasil e voltar a ter capacidade de respirar, pensar em emprego, investimentos e daí afora. O importante é fazer esse país voltar à normalidade institucional da sua economia — explicou.

Impostos

A senadora afirmou que, pelo menos nesse momento, não haverá aumento de impostos. Ela acrescentou que o entendimento é de que os ministros da Fazenda e do Planejamento prestem os esclarecimentos necessários antes da criação de qualquer novo tributo.

— Na hora oportuna vamos apresentar todos os números do ajuste que está sendo  construído, do teto que está sendo proposto, e, se for necessário, ele vai ser explicado ao Congresso Nacional e à população brasileira — informou.

Oposição

Questionada sobre a disposição declarada da oposição de obstruir projetos importantes para o governo, Rose avaliou que esse comportamento prejudica o país e que foi o principal responsável pela perda do cargo da ex-presidente Dilma Rousseff.

— Se agora, quando se tenta recuperar o país economicamente, politicamente, se tem uma oposição ferrenha, vai ser uma oposição ao Brasil. Aí vão mostrar duas vezes a incompetência para entender o país. Não é possível você pensar agora em fazer oposição a qualquer custo, se isso custar algum retrocesso ou a paralisação parcial do Brasil, por exemplo, no avanço da economia — concluiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)