Gleisi Hoffmann diz que elite brasileira não aceita avanços sociais

Da Redação | 30/08/2016, 18h30

Gleisi Hoffmann (PT-PR) voltou a classificar o impeachment como um golpe da elite contra a primeira mulher que chegou à Presidência da República. A senadora lembrou que, ao contrário dos presidentes anteriores, Lula e Dilma Rousseff não vieram de famílias abastadas ou com tradição na política. Para ela, as classes dominantes sempre levam o país a recuar porque não aceitam os avanços na área social

- Assim é a história brasileira secularmente. Cada vez que os deserdados afloram, por uma ou outra concessão, há um recuo, seja na clássica forma de golpe de Estado, como estamos vivendo agora, seja na tomada de medidas governamentais de cortes de investimento público, de arrocho salarial, de reforma da Previdência, como o que está anunciado pelo interino - disse.

A senadora lembrou realizações do governo do PT como a luta contra a fome, a distribuição de renda, a política de valorização do salário mínimo, os aumentos reais para os aposentados, a defesa da soberania sobre o petróleo e o fortalecimento de laços com países vizinhos. Para ela, pela primeira vez na história de mais um governo elegeu o povo brasileiro e os interesses nacionais como protagonistas.

-  É contra isso que as forças do obscurantismo, os escravocratas sempre se insurgiram. Podem até passar momentaneamente, mas estão com os seus dias contados. O povo, que provou o gosto de ser sujeito da sua história, não vai voltar ao chicote. Por isso, nós somos contra esse golpe. Viva a democracia brasileira! Viva a soberania popular - disse a sendora.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)