Para Otto Alencar, obras inacabadas devem ter prioridade na destinação de verbas

Da Redação e Da Rádio Senado | 29/06/2016, 19h05

O senador Otto Alencar (PSD-BA) sugeriu que a Presidência da República chame cada governador para identificar as obras inacabadas espalhadas pelo país, de modo a priorizar a destinação verbas do orçamento para a conclusão delas.

Na Bahia, disse o senador, há a Ferrovia Leste-Oeste, um projeto que já consumiu R$ 2 bilhões e foi idealizado para escoar a produção do estado do Tocantins e do oeste da Bahia para o porto de Ilhéus (BA).

Segundo ele, vários trechos foram iniciados, alguns estão em conclusão, mas, na grande maioria deles, o trabalho está paralisado.

Outro exemplo de obra inacabada na Bahia, disse o senador, é o do estaleiro de Paraguaçu, na Baía de Todos os Santos. Com 95% do projeto concluído, o estaleiro não produz navios nem sondas para a exploração do petróleo na camada pré-sal por causa da corrupção na Petrobras.

Otto Alencar acredita que o mesmo deve ocorrer em todos os estados brasileiros, e propôs que nenhuma outra obra seja iniciada antes da conclusão das que estão paralisadas em todo o país.

- É uma coisa que chama a atenção: um país em desenvolvimento, com grandes dificuldades para cumprir as suas obrigações, com déficit estimado em 170 bilhões de reais, que está indo no mercado pegar dinheiro emprestado na agiotagem oficial para financiamento da suas atividades deixar milhares de obras inacabadas - afirmou o senador.

Otto Alencar disse ainda ser preciso reativar a Comissão Especial do Desenvolvimento Nacional, para que duas propostas importantes sejam votadas e encaminhadas para análise do Plenário. Uma delas modifica a Lei de Licitações, que, na opinião dele, beneficia muito mais as empresas que vendem para o Estado do que o próprio ente público. Ele também defendeu mudanças na lei das agências reguladoras para dar mais autonomia aos estados na criação de entidades semelhantes, de modo que a fiscalização desses órgãos seja efetiva e beneficie os consumidores prejudicados por práticas lesivas de empresas.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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