Novo líder do governo, Aloysio Nunes diz que é preciso discutir reformas com a oposição

Da Redação | 31/05/2016, 21h04

Ao ser apresentado como novo líder do governo do Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) sublinhou nesta terça-feira (31) o papel do Legislativo na elaboração das medidas necessárias para restabelecer a esperança no Brasil e “fazer a máquina da economia voltar a rodar”. Ele admitiu que o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff causa acirramento entre as facções políticas, mas declarou esperar que governo interino de Michel Temer e a oposição possam dialogar não somente em torno de questões econômicas. Para Aloysio Nunes, o entendimento deve se estender a uma agenda mais ampla, como as reformas política e eleitoral.

— Todos nós temos a sensação de que esse sistema está falido, está em colapso profundo. Precisamos nos entender para encontrar os corretivos eficientes para, acima das divergências partidárias, dar aos brasileiros confiança nas instituições políticas — declarou.

Ao apresentar Aloysio Nunes como novo líder do governo, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse contar com a participação do Congresso na superação da crise. Para ele, a autoridade de seu colega de partido, adquirida na experiência política, é importante para que o governo de Michel Temer avance nas reformas do Estado.

— Nenhum [senador] tem o conjunto das qualidades que apresenta o senador Aloysio na sua história de vida e na sua experiência. O Brasil de hoje precisa, mais do que nunca, de entendimento e coragem — Aécio Neves.

Entre os senadores que discursaram cumprimentando Aloysio Nunes Ferreira, Eunício Oliveira (PMDB-CE) alertou para as dificuldades da tarefa, mas declarou-se confiante no entendimento. Tasso Jereissati (PSDB-CE) enalteceu o espírito público de Aloysio, que  “enriquece” o governo e o Senado num momento delicado da política, enquanto Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) ressaltou o compromisso de seu partido com o fim da crise econômica.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)