Para Armando Monteiro, impeachment de Dilma é precedente gravíssimo

Da Redação | 11/05/2016, 23h45

O senador Armando Monteiro (PTB-PE), que exerceu até 10 de maio o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, classificou o impeachment de Dilma Rousseff como abertura de "gravíssimo precedente" de ruptura na ordem institucional do país. Ele rejeitou as acusações de crime de responsabilidade e frisou que Dilma é submetida a um juízo eminemente político, permitido por uma legislação inadequada às circunstâncias de hoje.

Armando Monteiro cumprimentou o governo pelo "apoio irrestrito" que recebeu como ministro e destacou o esforço de Dilma para equilibrar as contas do país: em sua opinião, a presidente sempre se inclinou por uma posição mais favorável do ponto de vista fiscal, ainda que pudesse desagradar a alguns setores. O senador, porém, lamentou que a disputa política no Congresso tenha levado à aprovação de projetos que não se conformavam com a responsabilidade fiscal, como as novas regras para reajuste de servidores do Poder Judiciário e de aposentados e pensionistas. Ele acrescentou que, em sua opinião, a abertura de créditos suplementares não afetou a meta de superávit e não pode ser alegada como pressuposto jurídico do impeachment.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)