Gleisi Hoffmann lembra 52 anos do golpe militar

Da Redação e Da Rádio Senado | 31/03/2016, 17h24

A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) lembrou que nesta quinta-feira (31) completam-se 52 anos do golpe militar de 1964, que deu início a um regime ditatorial que durou 21 anos. Ela comparou o momento atual do país aos dias que precederam aquele acontecimento.

— Eu não podia deixar de registrar a coincidência dos fatos e da História. No mesmo dia 31 de março nós estamos debatendo aqui a possibilidade efetiva de o Brasil sofrer um golpe, que, na minha opinião, é pior do que o golpe militar, porque é um golpe travestido com as cores democráticas. É uma intervenção civil, mas que, no fundo, retira os direitos e as garantias fundamentais.

Gleisi argumentou que o golpe militar foi um evento “muito claro” para todos os setores da sociedade, e que, por isso, foi possível que surgisse de imediato um movimento de resistência. No caso atual, a senadora diz ver mais riscos porque a mobilização que ela chama de “golpista” não se apresenta dessa forma.

Ela elogiou grupos de artistas e de religiosos que têm se reunido para fazer manifestações em defesa da democracia, mesmo que não sejam simpatizantes ideológicos do governo federal. Alguns dos integrantes desse movimento, lembrou a senadora, participaram da oposição à ditadura militar.

Gleisi também reconheceu que o Brasil vive uma situação econômica difícil, mas disse entender que ela é apenas “conjuntural” e reflete o resto do mundo. Para ela, o governo da presidente Dilma Rousseff é plenamente capaz de reverter o quadro, pois já apresentou resultados positivos em anos anteriores.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)