Renan cobra equilíbrio dos parlamentares na votação da meta fiscal

Anderson Vieira | 01/12/2015, 11h48

Ao chegar ao Senado nesta terça-feira (1), o presidente do Senado, Renan Calheiros, mostrou-se confiante na votação do Congresso Nacional marcada para o início da noite. Ele cobrou bom senso e responsabilidade dos parlamentares e disse é possível votar os vetos e destravar a pauta para análise da proposta de redução da meta fiscal de 2015 (PLN 5/2015).

— Estão enganados todos que pensam que vão velejar em mar revolto. Se o Congresso não votar, assumirá a responsabilidade. Todos devem colaborar — afirmou.

O presidente disse esperar que as votações não reproduzam "uma guerrilha legislativa" e disse que vai conversar com os líderes.  Na opinião dele, a abertura de um processo de cassação contra o presidente da Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não vai atrapalhar os planos do Congresso, visto que "o interesse do país deve ser posto acima de quaisquer outros interesses":

— É Isso que deveremos priorizar. Nessa hora temos que ter bom senso, equilíbrio e responsabilidade, temos que votar as matérias que sinalizarão os rumos de 2016 — opinou.

Acusações

Indagado sobre a possibilidade de ser alvo de mais dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente disse estar "inteiramente à disposição para esclarecer qualquer fato".

— Já prestei  informações e nunca tive com ninguém nenhuma relação além da relação institucional. Também não autorizei ou consenti que alguém falasse em meu nome em nenhum lugar — afirmou.

Na segunda-feira (30), o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a abertura de mais dois inquéritos na Operação Lava Jato para investigar, além de Renan, os senadores Delcídio do Amaral (PT-MS) e Jader Barbalho (PMDB-PA) e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE).

Delcídio

Sobre a situação do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), preso desde quarta-feira passada (25), Renan Calheiros considera desnecessário a Mesa do Senado entrar com representação no Conselho de Ética da Casa, visto que alguns partidos já anunciaram que o farão. Segundo ele, não se trata de omissão:

— A iniciativa no Parlamento sempre coube aos partidos, que costumam fazer representação ao Conselho de Ética e eles já estão anunciando que vão fazer. Não adianta a Presidência tomar iniciativa com relação a isso. Os partidos suprirão qualquer eventual omissão de alguém — concluiu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)