Cristovam Buarque defende federalizar o ensino básico

Da Redação e Da Rádio Senado | 18/05/2015, 17h30

O senador Cristovam Buarque (PDT-DF) citou coluna do jornalista Clovis Rossi, que trata do relatório sobre o chamado capital humano, ou seja, inteligência, que foi tema de um estudo do Fórum Econômico Mundial, que mede o êxito dos países em desenvolver e preparar para a vida a sua população.

Por esse estudo, entre 124 nações, o Brasil ficou em septuagésimo oitavo lugar. E o que empurra o país para isso? questiona Clovis Rossi. Justamente o baixo empenho do país no preparo dos menores de quinze anos. E isso, diz ele, revela que o Brasil está deixando de ser o país do futuro.

É que a sétima ou oitava economia do mundo é apenas a décima-terceira latino-americana em matéria de tratamento digno de seu capital humano, perdendo para países como o Chile, o Uruguai, a Argentina, o Panamá, a Costa Rica, o México, o Peru, a Colômbia, El Salvador, a Bolívia, o Paraguai e Barbados.

Para Cristovam, só há uma razão para isso: o Brasil, e não os governos, mas o país, não prioriza a educação. E o primeiro passo para reverter esse quadro, acrescentou o senador, seria federalizar o ensino básico, com o governo federal adotando suas crianças, pois as prefeituras não têm como manter as escolas e nem como pagar o piso salarial dos professores:

— Por que não adotar escolas? Quando um banco quebra, o governo vai e adota. Por que a gente adota banco para que não quebrem e não adota uma escola que já quebrou? Qual a moral disso? Qual a lógica disso? Não tem. Tem desprezo, tem não dar valor às coisas, mas não tem lógica nem ética o desprezo pela educação. É burrice nacional.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)