Aos 87 anos, Garibaldi Alves assume mandato de senador

Da Redação | 05/01/2011, 12h16

Legenda da imagem: Garibaldi Alves toma posse. À direita, o senador licenciado Garibaldi Alves Filho.

Tomou posse nesta quarta-feira (5), aos 87 anos, o senador Garibaldi Alves (PMDB-RN), na vaga de Rosalba Ciarlini (DEM-RN), que renunciou aos próximos quatro anos de mandato para assumir o governo do Rio Grande do Norte. Ele é pai do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), atualmente licenciado para ocupar o cargo de ministro da Previdência.

Nascido em 1923, Garibaldi Alves torna-se a partir de hoje o senador mais idoso na Casa. Até então, o parlamentar mais velho era o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que tem 86 anos.

Ao prestar o juramento na sala de audiências da Presidência do Senado, Garibaldi Alves se emocionou e chorou, pedindo ao filho que justificasse sua emoção.

 Acho natural a pessoa se emocionar em um momento como esse. É uma oportunidade muito grande e uma honra muito grande - disse o ministro, ao se referir ao pai.

Garibaldi Alves Filho afirmou também que seu pai, como parlamentar, defenderá os interesses do Rio Grande do Norte.

Já o senador João Faustino (PSDB-RN), que presidiu a cerimônia, destacou a trajetória política do senador empossado.

 Garibaldi Alves é um político que durante toda sua militância partidária honrou o Rio Grande do Norte e contribuiu para a democracia deste país.

Prerrogativas de senador mais idoso

A particularidade de ser o mais idoso parlamentar da Casa concede determinadas prerrogativas ao senador. Dentre elas, a possibilidade de assumir a presidência da sessão plenária em caso de ausência dos membros da Mesa.

O Regimento Interno do Senado prevê ainda que, quando da realização de reuniões preparatórias no início da legislatura, assume a presidência da Casa - na ausência dos membros da Mesa anterior - o mais idoso dentre os presentes, até que seja realizada a eleição na segunda reunião preparatória.

Biografia

Garibaldi Alves começou sua carreira política em 1958, quando foi eleito deputado estadual, tendo sido reeleito por mais duas vezes: em 1962 e em 1966.

Em 1969, durante a ditadura militar, teve seu mandato parlamentar cassado e seus direitos políticos suspensos por dez anos.

Na década de 1980, foi vice-governador na gestão de Geraldo Melo (1987-1990). Durante aquela administração, assumiu o governo do Rio Grande do Norte por duas vezes.

Foi ainda diretor do Serviço Social da Indústria (Sesi) no estado e diretor da extinta Telern, empresa estadual de telecomunicação criada na gestão do governador Aluízio Alves (1961/1965), seu irmão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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