Aos poucos, mulheres reforçam presença no Senado

Da Redação | 28/09/2010, 20h55

Matéria atualizada em 29/09/2010 às 13h38

Até elas chegarem, o Senado era uma instituição exclusiva para homens. Em 1979, Eunice Michiles, suplente de João Bosco de Lima, morto dois meses após se eleger senador pelo estado do Amazonas, tornou-se a primeira senadora na fase republicana da Casa. No Império, a princesa Isabel havia ocupado o cargo por direitos dinásticos.

Eunice Michiles, que ficou no Senado até 1987, ainda conviveu com outras mulheres que, como suplentes, passaram brevemente pelo Senado: Laélia de Alcântara, pelo Acre, e Maria Syrlei, por Santa Catarina, foram senadoras em 1981, Dulce Braga por São Paulo em 1982 e Iris Célia, pelo Acre, de 1983 a 1984. Em 1989 e 1990 foi a vez de Maria Alacoque de Figueiredo, pelo Ceará.

Somente em 1990 é que seriam eleitas as primeiras mulheres que se candidataram diretamente ao Senado: Júnia Marise, por Minas Gerais, e Marluce Pinto, por Roraima. Elas ficaram no Senado de 1991 a 1999.

Como suplente de Fernando Henrique Cardoso, a socióloga e professora universitária Eva Blay foi senadora de dezembro de 1992 a janeiro de 1995. Entre 1992 e 1993, Fernando Henrique foi ministro das Relações Exteriores e, de 1993 a 1994, ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, elegendo-se presidente da República em 1994. Eva Blay completou o mandato de FHC.

No pleito de 1994, a bancada feminina foi reforçada com a eleição de Benedita da Silva, pelo Rio de Janeiro; Emília Fernandes, pelo Rio Grande do Sul; Marina Silva, pelo Acre; e novamente Marluce Pinto, por Roraima. Elas cumpriram seus mandatos de 1995 a 2003.

Também nesse período, exerceram brevemente mandato no Senado, na condição de suplentes, Luzia Toledo (ES), Maria Benigna Jucá (AP), Regina Assumpção (MG) e Sandra Guidi (SC).

A eleição de 1998 levou ao Senado mais duas mulheres: Heloísa Helena (AL) e Maria do Carmo Alves (SE), empossadas em 1999 para exercer o mandato até 2007. Duas suplentes foram empossadas nesse período: Iris Araújo (GO) e Thelma Siqueira Campos (TO).

A eleição seguinte, de 2002, deu ao país um número maior de senadoras: Ana Júlia Carepa (PA), Fátima Cleide (AC), Ideli Salvatti (SC), Lúcia Vânia (GO), Patrícia Saboya (CE), Roseana Sarney (MA), Serys Slhessarenko (MT) e Marina Silva (AC). O mandato dessas senadoras, iniciado em 2003, vai até 2011. Duas delas renunciaram para se tornarem governadoras: Ana Júlia e Roseana Sarney. Em 2003, Valdiolanda Leite, pelo Sergipe, assumiu o mandato durante o mês de janeiro, na condição de suplente.

Em 2006 foram eleitas Kátia Abre (DEM-TO), Marisa Serrano (PSDB-MS) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN). Em 2008, Ada Mello (PTB-AL) assumiu o mandato por quatro meses, em substituição a Fernando Collor (PTB-AL).

Neste ano, mais duas mulheres chegaram ao Senado: Niúra Demarchi (PSDB-SC), no lugar do senador licenciado Raimundo Colombo (DEM-SC) e Selma Elias (PMDB-SC), que assumiu o mandato durante licença do senador Neuto de Conto (PMDB-SC).

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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