Comunidade LGBT sofre com preconceito e abandono quando envelhece

06/06/2018, 13h07

A audiência pública conjunta das Comissões de Direitos Humanos (CDH) e Assuntos Sociais (CAS) debateu, nesta quarta-feira (6), os desafios e problemas enfrentados pela comunidade LGBT ao envelhecer. O escritor João Nery, autor do livro “Viagem solitária, memórias de um transexual trinta anos depois”, contou sua experiência como primeiro transgênero homem a se submeter a cirurgia no Brasil, em 1977. Desempregado e sem aposentadoria aos 68 anos, Nery narrou as dificuldades que enfrenta desde que se registrou com nome masculino em um cartório e teve seu diploma de psicólogo cassado, além de perder o emprego como professor universitário. O artista Bayard Tonneli, fundador do grupo de teatro Dzi Croquettes, lamentou os casos de preconceito e violência contra a comunidade LGBT, principalmente na velhice. A senadora Regina Sousa (PT-PI) registrou a situação de abandono desta parcela da população. Durante o debate, os senadores também elogiaram a recente decisão do STF que reconheceu a mudança de sexo e nome no registro civil de qualquer transexual no país. No entanto, defenderam a aprovação de projetos que assegurem a igualdade de direitos e a proteção da comunidade LGBT, especialmente na terceira idade. Acompanhe a reportagem de George Cardim, da Rádio Senado.



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