23/07/2020

Brasileiros acreditam que país não está pronto para garantir a segurança da população nas eleições

O Instituto DataSenado realizou pesquisa nacional para ouvir a opinião dos brasileiros sobre o impacto do coronavírus nas eleições municipais, que acontecerão no dia 15 de novembro de 2020. Entre os dias 16 e 18 de julho, foram entrevistados por telefone 2.400 brasileiros com mais de 16 anos, em amostra representativa da população brasileira.

Os resultados mostram que três em cada quatro brasileiros pensam que o país não está preparado para garantir a proteção dos eleitores contra o coronavírus nos dias de votação.

 

 

No entanto, 67% dos brasileiros acreditam que o voto faz muita diferença e oito em cada dez eleitores dizem pretender votar nas eleições municipais marcadas para 15 de novembro desse ano. Esse número é similar à proporção de brasileiros que afirmam ter votado na eleição de 2018 (85%) e na de 2016 (82%).

 

 

 

A proporção de eleitores que pretendem votar nas eleições municipais varia de acordo com o porte do município. Em municípios de até 50 mil habitantes, quase 90% dos entrevistados afirmaram que vão participar do pleito. Esse percentual cai para 77% quando considerados municípios com mais de 500 mil habitantes.

 

 

O número de eleitores que pretendem votar nas eleições municipais também varia de acordo com a região. Os eleitores da região Sudeste (78%) e Centro-Oeste (79%) se dizem menos propensos a participar das eleições, enquanto eleitores do Norte (89%) e do Sul (88%) são os mais propensos.

 

 

Perguntados qual é a melhor forma de governo, 68% dos brasileiros responderam que a democracia é sempre a melhor. Esse número é maior do que o registrado em pesquisa realizada em novembro do ano passado (58%).

 

 

Maioria acredita que prefeituras e governos estaduais estão fazendo o melhor para enfrentar o coronavírus

Para 51% dos brasileiros, a prefeitura da cidade onde moram está fazendo o melhor para combater a pandemia. O percentual é semelhante quando a avaliação se refere ao governo do estado (56%) e cai para 43% quando a análise é feita sobre o governo federal.

 

 

Em relação ao Congresso Nacional, mais da metade dos brasileiros (57%) ouviu falar de alguma lei aprovada para combater os efeitos da crise do coronavírus.

 

 

Entrevistados que têm renda maior que cinco salários mínimos afirmam terem ouvido falar de algum projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional em proporção maior do que entrevistados que ganham até dois salários mínimos.

 

 

Brasileiros têm medo de outra pandemia acontecer

Quase metade dos brasileiros afirma ter muito medo da doença causada pelo coronavírus e aproximadamente oito em cada dez brasileiros dizem ter medo de que nos próximos anos aconteça outra pandemia como a atual.

 

 

 

Além disso, um quarto dos brasileiros afirmam que alguém da família pegou coronavírus. A proporção de entrevistados que têm alguém da família que pegou coronavírus varia de acordo com a região. Entrevistados da região Norte tiveram algum familiar infectado pelo vírus em proporção maior do que os de qualquer outra região.

Da mesma forma, entrevistados do Sul tiveram familiares contaminados pelo vírus em menor proporção do que de qualquer outra região do país.

 

 

 

Para a maioria, recuperação econômica será lenta

A pandemia trouxe piora para a vida financeira de 58% dos brasileiros. Entre os que se encontram nesse grupo, 62% afirmam que a condição econômica pessoal piorou muito.

 

 

 

Perguntados sobre a recuperação da economia, 87% dizem que ela será lenta.

 

 

 

As amostras do DataSenado são totalmente probabilísticas. Nas entrevistas são feitas perguntas que permitem estimar a margem de erro para cada um dos resultados aqui divulgados, calculados com nível de confiança de 95% (Anexo do relatório completo). Dessa forma, não existe uma única margem de erro para toda a pesquisa (aproximação usual em pesquisas que não são totalmente probabilísticas). As entrevistas foram distribuídas por todas as unidades da Federação, por meio de ligações para telefones fixos e móveis, com alocação proporcional à população de cada UF.