18/02/2016

Maioria dos internautas defende que agentes de saúde entrem em locais com suspeita de criadouros do Aedes aegypti, mesmo sem a autorização do proprietário

Mais de 80% de internautas são a favor da entrada de agentes de saúde em imóveis com suspeita de focos de criadouros do Aedes aegypti, mesmo sem a autorização do proprietário, e 62% tiveram conhecimento de alguém que tenha sido diagnosticado, nos últimos três meses, com alguma das doenças transmitidas pelo mosquito.

Esses são alguns dos resultados da enquete promovida pelo DataSenado, em parceria com a Agência Senado, sobre o Projeto de Lei 1.861/2015, que cria a Política Nacional de Combate à Dengue, à Chikungunya e à Febre Zika. A enquete ficou no ar de 16 de janeiro a 15 de fevereiro de 2016 e contou com a participação de 865 internautas.

O projeto de lei prevê a criação de meios para receber denúncias, por telefone ou pela internet, sobre a existência de supostos focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti. Quando perguntados se já tentaram entrar em contato com algum órgão público para informar sobre possíveis criadouros do mosquito, apenas 29% dos internautas responderam que sim.

Das tentativas de denúncia, apenas 48% foram concluídas com sucesso. Dentre os entrevistados que relatam ter finalizado a denúncia, 62% informam ter enfrentado dificuldade média ou alta para realizá-la.

Por fim, os internautas foram questionados sobre em quais situações o proprietário do terreno deveria ser multado. Com índices de respostas afirmativas superiores a 80%, verifica-se que grande parte dos entrevistados é favorável à aplicação de multas para indivíduos que não colaborem com o combate à proliferação do mosquito Aedes aegypti. Aproximadamente 9 entre cada 10 entrevistados concordam que deve ser aplicada multa nos casos de reincidência, quando o proprietário já tiver recebido duas notificações de foco do mosquito em sua propriedade e seguir se recusando a eliminar os criadouros.

Os resultados refletem a opinião das pessoas que participaram da enquete no portal do Senado Federal. Os números não representam a opinião da totalidade da população brasileira.