e-Cidadania

No primeiro caso, sobre acidentes, tem-se que as praças de pedágio possuem suas pistas de concreto sempre cobertas por restos de óleo deixados por carros e caminhões durante a frenagem e o "para e anda" até a cabine. Quem é motociclista sabe que é comum, mesmo no seu "para e anda" até chegar a cabine, ao colocar os pés no chão, escorregar nessa camada de óleo residual. Para piorar, quando se está com garupa ou em uma moto mais pesada, este risco é bastante acentuado. Se houver uma cabine dedicada ou preferencial, o "para e anda" ocorre bem menos vezes, diminuindo o risco de escorregamentos. Além disso, normalmente nos casos de cabine preferencial ou dedicada, o motociclista faz um caminho fora da rota dos carros e caminhões e, portanto, em trechos de pista menos sujos pelo óleo. Além dos riscos de acidentes descrito, sobre as condições desumanas na fila, tem-se várias situações distintas. Em um dia de frio e/ou chuvas intensas e/ou ventos, ficar em longas filas, atrás dos carros, onde as pessoas estão no conforto do veículo, é extremamente ruim. Muitas vezes as garupas são crianças ou mulheres que estão com seus pais ou companheiros e, infelizmente, nem sempre adequadamente vestidos ou equipados. E mesmo estando adequadamente vestidos e equipados, é muito desagradável. Junte a essa chuva, o óleo na pista descrito. Além disso, no calor do verão, tem-se o efeito contrário, ou seja, além do calor intenso oriundo do motor da própria moto, o calor de 40 graus sobre o capacete, jaqueta, luva, bota, parado na praça de pedágio, mais a irradiação do calor do motor dos demais veículos, cria-se condições insalubres para uma pessoa dirigindo. Cabe destacar que, nestas condições de frio e calor descritas, após a permanência em filas de pedágio, o motorista estará pilotando sua moto em piores condições fisiológicas (p.ex. desidratados) e psicológicas (reflexos). Por fim, cito como exemplos positivos: ponte Rio-Niterói (cabine dedicada) e Linha Amarela(cabine preferencial).