e-Cidadania

É cada vez mais recorrente o número de pessoas vítimas da intolerância cristã. As religiões africanas, os ateus e a população LGBT são os mais afetados, porém, nos últimos anos qualquer indivíduo que haja ou fale algo que vá de encontro ao cristianismo tem seu direito de liberdade de consciência e crença destruído. Os recentes casos de crianças proibidas de usarem roupas ou guias em escolas públicas, da prática da oração em sala de aula, e da menina que foi apedrejada ao sair de um culto de candomblé, mostram claramente que a roupagem cristã está sendo usada de motivo para descumprir as leis. As declarações livremente auferidas pelos cristãos aos não cristãos, ateus e LGBT´s, são muitas vezes de cunho depreciativo e vexatório, separatistas e incentivadoras do preconceito, e ditas aberta e livremente fora de seus templos, e que claramente desrespeitam o inciso X do artigo 5º, que diz ser inviolável a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. É inadmissível que um país que assegure estes princípios em sua carta magna permita que ela seja tão livremente desrespeitada. A aversão por não cristãos é uma forma de violência, e nada tem a ver com a liberdade de pensamento, pois afeta diretamente os indivíduos e não uma ideia ou instituição. A velocidade de seu crescimento e o não entendimento de seus danos pela população, podem trazer grandes consequências para a sociedade. Todos temos o direito de não sermos cristãos, e não sermos violentados por isso.