Ideia Legislativa
Introduzir a disciplina "Educação Financeira" no currículo escolar dos ensinos fundamental e médio.
A ascensão da "nova" classe média baseada na facilidade de acesso ao crédito para o consumidor contribuiu para o aumento do número de inadimplentes e o desenvolvimento do fenômeno do superendividamento, o qual deve ser entendido, grosso modo, como a impossibilidade de o consumidor de boa-fé pagar suas dívidas, inclusive as mais básicas, devido ao comprometimento de sua renda pessoal e familiar. A solução deste problema, que, atualmente, afeta milhares de brasileiros, é imprescindível para o bem estar da família brasileira e, reflexamente, para a saúde e prosperidade econômica do país.
São inúmeras as causas do superendividamento, devendo ser considerados fatores sociais e pessoais. Como causas sociais, cite-se o desemprego, a falência de um negócio, a morte ou a doença na família, o divórcio, o nascimento de filhos etc.. Por outro lado, são causas de ordem pessoal o consumismo, a desorganização das contas familiares,o desconhecimento de noções básicas de finanças, a desvalorização cultural do saudável hábito de poupar etc.. Desta forma,a proposta de introduzir a disciplina "Educação Financeira" no currículo escolar tem por objetivo primeiro enfrentar o problema do superendividamento atacando as suas causas de origem pessoal, partindo-se do pressuposto de que o direito à informação é um grande aliado do consumidor que deseja realizar as suas escolhas no mercado com liberdade, autonomia e responsabilidade. Trata-se, mais ainda, de uma oportunidade de garantir maior utilidade prática para o currículo escolar, muitas vezes desassociado da realidade e das necessidades concretas e cotidianas dos jovens alunos. Por fim, vale dizer que, para a otimização da disciplina, seria de suma importância que ela abordasse também, ainda que de forma superficial, os fatores micro e macroeconômicos que afetam os negócios, tais como inflação, deflação, recessão, políticas monetária, cambial e fiscal etc.. Isto porque a proliferação deste conhecimento básico entre os jovens ajudaria, indiretamente, a formar cidadãos mais críticos e conscientes em relação ao contexto econômico em que vivem e às decisões dos nossos políticos e governantes, que, infelizmente, muitas vezes também carecem desta instrução (afinal, são produto da nossa sociedade e do nosso sistema educacional), conduzindo o país ao seu próprio calvário de superendividamento, a retumbantes crises econômicas e, quando muito, a modestos "voos de galinha".
26 apoios
20.000
  Encerrada - Sem apoio suficiente

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Data limite para receber 20.000 apoios
01/10/2015
Ideia proposta por
BRUNO P. O. - RJ

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